Como pagar menos imposto de renda ou receber restituição?
- adm4065
- 22 de mar. de 2018
- 3 min de leitura
Atualizado: 23 de nov. de 2022

Não dá para negar que receber a restituição do Imposto de Renda depois de tanta conta paga ao governo é uma boa ajudinha (e satisfação). Infelizmente nem sempre é possível garantir a restituição, mas lançando mão de algumas regras que jogam a nosso favor dá para garantir pelo menos uma economia com IR a pagar sem correr risco de cair na malha fina. Fique atento a essas dicas:
1 – Despesas dedutíveis
Muitas despesas que tivemos no ano anterior são passíveis de dedução, por isso reúna todos os seus comprovantes (recibos e nota fiscais com CPFs e CNPJs dos vendedores ou prestadores de serviço) e coloque tudo na declaração. Veja a lista do que está valendo:
Despesas com médicos, psicólogos, dentistas;
Próteses com finalidade para saúde;
Mensalidade com planos de saúde;
Gastos com medicamentos durante internação hospitalar;
Educação: gastos com ensino fundamental, médio e superior;
Plano de Previdência PGBL;
Pensão alimentícia fixada em cartório ou acordo judicial.
2 – Declarar em conjunto com o cônjuge x não declarar em conjunto com o cônjuge
Declarar em conjunto ou não pode ser vantajoso dependendo da situação. Veja as diferenças e pondere em qual delas você se encaixa.
Se, por exemplo, você e seu parceiro possuem renda, fique de olho, a Receita irá somar as duas e você estará sujeito a maior tributação do IR.
Porém, se seu parceiro(a) possui renda baixa ou nenhuma renda tributável e a somatória não mudar a alíquota, pode ser melhor, uma vez que se ele possuir despesas dedutíveis você poderá utilizá-las a seu favor.
3 – Não inclua filhos que recebem pensão como dependentes
Na maioria dos casos essa opção é mais vantajosa, pois é o mesmo caso que declarar em conjunto com o cônjuge.
Embora quem pague pensão alimentícia possa deduzir o gasto, quem a recebe sofre tributação.
Logo, se uma pessoa tiver renda e incluir seus filhos que recebem pensão como dependentes, a pensão dos filhos será somada, e estará sujeito a mudança de faixa de alíquota, pagando mais imposto o declarante e os dependentes.
Por isso avalie se os abatimentos compensarão as obrigações, em caso negativo, faça a declaração separadamente.
4 – Abrir uma empresa pode ser boa estratégia
É muito comum profissionais liberais como médicos, advogados, dentistas trabalharem como autônomo e com isso seus rendimentos podem dar mais imposto a pagar.
Neste caso, vale a pena analisar a possibilidade de abertura de empresa para registrar nela seus rendimentos.
5 – Divida o plano de saúde familiar
Você pode abater do seu IR a parte que lhe corresponde ao plano de saúde familiar (mesmo que você não seja o responsável pelo pagamento). Se fizer isso, o titular só poderá abater a parte dele e não o valor total.
6 – Divida renda de aluguel com o cônjuge
Quem recebe aluguel de até R$1.903,98 será isento de retenção de IR mensal. Já para valores superiores, haverá um recolhimento mensal do IR via carne-leão, além do aumento da faixa de tributação na hora do ajuste anual.
Por isso, considere a possibilidade de dividir o rendimento de aluguel com o cônjuge.
Por exemplo, se você recebe aluguel de R$3.500,00 pagaria o IR mensal + o aumento da sua tributação. Dividindo este valor, ou seja, considerando um recebimento de R$1.750,00 para cada um, você passa a ficar isento do IR e ainda reduz sua carga.
Para isso o contrato deve estar em nome de ambos e especificando que será pago aos dois CPFs.
Outra possibilidade menos conhecida é a abertura de uma empresa administradora de bens próprios. Um recebimento superior a 12 mil, por exemplo, mesmo dividido, ainda faria os declarantes se enquadrarem na casa dos 27,5% de alíquota. Já este mesmo recebimento sendo feito para uma empresa teria a alíquota reduzida em pelo menos 50%.
No final é como um bom jogo de xadrez, utilize a inteligência e trace sua estratégia para dar um xeque mate no leão.
Boa sorte.
Comments